Desinformação – Manipulação e Engano
Por Walter Felix Cardoso Júnior wfelix@unisul.br
“Toda a arte da guerra está baseada no logro. Portanto, quando prontos para atacar, devemos parecer incapazes. Quando ativos, mostremo-nos inativos. Quando estivermos perto, façamos o inimigo acreditar que estamos longe; quando longe, que estamos perto. Ofereça iscas para atrai-lo. Simule desordem e o derrote!” Sun-Tzu, General chinês, século V aC
O pensamento voltado para iludir os oponentes remonta à Antigüidade. A lenda do Cavalo de Tróia, descrita na “Ilíada”, de Homero, ou o legado de Sun-Tzu, em “A Arte da Guerra”, onde sugere que “a suprema habilidade consiste em subjugar os inimigos sem ter que lutar”, demonstram o interesse de povos ocidentais e orientais na arte de desinformar.
A desinformação é o nome técnico que se dá ao engano e à mentira, montados para ocultar, distorcer, ou induzir adversários a erro de julgamento. Em sentido amplo, o artifício faz parte do dia-a-dia das pessoas, seja no ambiente de trabalho, seja nas ruas, ou mesmo dentro da própria casa, quando se valem de pretextos diversos para enganar umas às outras, com o objetivo de esconder a verdade ou levar algum tipo de vantagem.
Em termos literários, a desinformação é invariavelmente abordada sob o ângulo da Guerra Fria, fase mais aguda do conflito Leste – Oeste, que surgiu ao final da II Guerra Mundial (1939 - 1945), e perdurou até a derrubada do Muro de Berlim, em 1989. Nesse período, os serviços secretos dedicavam-se a complexas operações secretas onde manipulavam as informações com o propósito de desestabilização do adversário. Hoje, estar bem informado é a condição primeira da sobrevivência, em qualquer ramo de atividade. A desinformação moderna tornou-se muito mais do que uma poética disputa entre o bem e o mal.
Contudo, o tema é ainda pouco conhecido. Não há