Desenvolvimento e mudanças do estado brasileiro
Conforme o artigo de Keinert (1994), a administração pública possui quatro grandes períodos paradigmáticos, ou seja, representação de um padrão a ser seguido. Estes quatro paradigmas têm uma perfeita relação com a evolução histórica da administração pública no Brasil, desde a República Velha até a contemporaneidade.
O primeiro dele trata o paradigma da Administração Pública como Ciência Jurídica e se estende de 1900 a 1929, ou seja, mesmo período conhecido como República Velha, que vai desde 1889 a 1930. Nesse período a economia foi dominada pela cultura do café até a crise de 1929, levando aos estados de São Paulo e Minas Gerais a liderança política. O modelo de governo era patrimonialista, onde o aparelho do Estado é a extensão do próprio poder do governante.
O segundo paradigma da Administração Pública como Ciência Administrativa, vai de 1930 a 1979. A administração pública deste período tinha característica burocrática que surge para combater a corrupção e o nepotismo do modelo anterior. São princípios inerentes a este tipo de administração a impessoalidade, o formalismo, a hierarquia funcional, a idéia de carreira pública e a profissionalização do servidor.
O segundo paradigma foi dividido em três fases distintas. A primeira fase é conhecida como Estado Administrativo (1930-45). E se identifica com a Era Vargas, que foi marcada por transformações tanto a nível social quanto econômico. Sendo que essas modificações levaram a uma modernização do país, que perduram até hoje e vieram a melhorar a vida da população. A segunda fase foi a da Administração para o desenvolvimento (1946-64), nessa mesma época