Desenvolvimento motor na criança
As teorias sobre o desenvolvimento vem sendo estudadas há muito tempo, por vários autores. Recentemente vários grupos de pesquisadores têm sugerido novos componentes que influenciam no desenvolvimento, assim, as teorias do desenvolvimento infantil tem mudado, para relatar o desenvolvimento motor e a performance funcional na criança.
Em 1946, ARNOLD GESELL, um pediatra, retratou o desenvolvimento como uma hierarquia em espiral. Ele sugeriu que o desenvolvimento de um comportamento hábil não segue uma seqüência linear estrita, sempre em avanço, melhorando constantemente com a maturidade. Em vez disso, ele acreditava que o desenvolvimento é muito mais dinâmico por natureza e parece caracterizado pela alternação do avanço com a regressão na capacidade de usar as habilidades. PIAGET, em 1957, enfatiza uma interação entre maturação de estruturas cognitivas-neurais e oportunidades do meio para promover ações. Um importante aspecto da teoria Piagetana, é a visão de que o indivíduo tem um sistema de auto-regulação de processos fisiológicos que produz o balanço entre assimilação de experiências do meio e acomodação de estruturas cognitivas para as mesmas. Estas características auto reguladoras constantemente se auto ajustam para manter o equilíbrio, no qual o meio pode interferir.
ILLINGWORTH (1960), sugere que o desenvolvimento constitui um processo contínuo, desde a concepção até a maturidade. Não se deve entendê-lo simplesmente como a apresentação sucessiva de acontecimentos importantes, antes de alcança-los , a criança deve passar por uma série de etapas precedentes ao desenvolvimento.
Essas teorias clássicas do desenvolvimento infantil dão uma grande importância ao substrato reflexo, no surgimento dos padrões de comportamentos humanos maduros. Isso significa que, na criança normal, a evolução do controle da postura e do movimento depende do surgimento e da subseqüente integração dos reflexos. De acordo com essas teorias, o