Desenvolvimento moral

Desenvolvimento Moral
Pretendemos compreender como os indivíduos assumem os valores que orientam e traduzem o seu comportamento, como ocorre o desenvolvimento moral. Isto é uma preocupação dos pais que, em especial, se preocupam se os seus filhos têm comportamentos adequados e não violam leis nem regras, quando distantes da sua vista.
Piaget
Preocupa-se com o aspeto do julgamento moral bem como com os processos cognitivos subjacentes a ele.
Definiu estádios dentro do desenvolvimento moral através de entrevistas e observação de crianças em jogos de regras e tomada de decisão pois esta pesquisa mostrou diferenças consoante a idade da criança. Então Piaget dividiu esta questão em duas fases:
1- Fase de heteronomia moral (+/- 6 anos) – as principais características desta fase são: o egocentrismo e um grande sentimento de respeito perante o adulto; crença (de caracter quase sagrado) pelas normas sociais e outras regras. A criança tende a julgar as ações (como boas ou más) com base nas consequências dos seus atos (sem uma análise mais ampla às intenções do autor da ação) e tende também a pensar que um erro ou uma transgressão das (dessas) normas leva à punição.
2- Fase de autonomia moral (dos 8 aos 12 anos) – nesta fase a criança entende que a responsabilidade é um termo subjetivo bem como o propósito e as consequências das normas sociais e morais serem relativas. A criança neste estádio tem como base das relações interpessoais a reciprocidade e a igualdade e entende que as normas podem ser modificadas desde que sejam mutuamente consentidas.
O processo de desenvolvimento e passagem por estes dois estágios seria contínuo e universal a todas as crianças.
Embora a maior parte dos estudos em relação a este modelo confirme esta teoria de sequência e universalidade dos dois estádios, há alguns que seguem direções diferentes. Por exemplo: estudos (de Kohlberg, Havighurst & Neugarten) mostram que após passarem a primeira fase regressam à fase anterior e outros apenas