desenvolvimentista
Em decorrência, no plano econômico o Brasil apresentou um crescimento significativo do mercado interno, que conciliou a produção agrícola com a expansão da produção industrial.
Esse modelo de substituição de importações sustentou-se pela política de massas e pela ideologia nacional-desenvolvimentista hegemônicas de 1930 a 1964, a partir do governo de Juscelino Kubitschek, com o Plano de Metas (50 anos em 5), identificam-se aspectos de um modelo de desenvolvimento que sustentaria a política econômica do regime ditatorial implantado com o golpe civil-militar de 1964. Esse modelo, denominado “modelo associado”, no período do governo JK procurou conciliar a política de massa e a internacionalização dos investimentos, numa crescente desnacionalização da indústria.
Essa movimentação de modelos econômicos e das bases de produção sobre as quais erigem diferentes concepções de mundo gerou conflitos e tensões entre os diversos grupos e camadas sociais. Se até a década de 1930 os conflitos se deram entre as oligarquias tradicionais e os setores urbanos nascentes, com o avanço do processo de industrialização entre em jogo a ma militar em 1964, a organização caiu na clandestinidade, radicalizando seus posicionamentos e em 1973 dissolve-se pela incorporação ao PCdoB (Partido
Comunista do Brasil).
Segundo Emanuel Kadt (2000, p.110) “a AP permaneceu, até o golpe, um movimento essencialmente populista, isto é, um movimento de intelectuais para o povo”. Nesse sentido as formulações da AP serviram de base para os movimentos da primeira metade da década de 1960, especialmente, mas não somente, os movimentos 1 A Ação Católica configurou-se como “apostolado leigo” incentivado por papas no século XX e