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O ultrarromantismo português desenvolveu-se em torno da cidade de Porto e de Coimbra. Dando origem através do prosador Camilo Castelo Branco, o mesmo não aconteceu na poesia. Soares de Passos, uma figura bastante caricaturizada pelos escritores realistas, considerado "um representante do ultrarromantismo piegas", foi autor de "Noivado do Sepulcro" (Poesias, 1855).1
Se caracterizou por escritos jovens que viviam em uma "geração perdida", que levara ao exagero, as normas e ideais preconizadas pelo Romantismo, nomeadamente a exaltação da subjectividade, do individualismo, do idealismo amoroso, da Natureza e do mundo medieval. Os ultra-românticos geram torrentes literárias de qualidade muito discutível, sendo algumas dela considerada como "romance de faca e alguidar", dada a sucessão de crimes sangrentos que invariavelmente descreviam e que os realistas vão caricaturar de forma feroz.
Existe, todavia literatura ultra-romântica de qualidade inquestionável. Além de João de Deus, são também autores ultra-românticos Camilo Castelo Branco, Soares de Passos e Castilho. Em algumas obras de Almeida Garrett e de Alexandre Herculano é já possível detectar alguns traços de ultra-romantismo, apesar de serem dois dos introdutores do Romantismo em Portugal.
António Augusto Soares de Passos foi um poeta português que nasceu no Porto em 1826 e morreu na mesma cidade, em 1860. Os seus versos foram muito populares e caracterizavam-se por um sentimentalismo e por uma melancolia exacerbados. A poesia mais popular é "O Noivado do Sepulcro".
António Feliciano de Castilho, escritor português de formação neoclássica, acaba por se render às tendências do Romantismo realizando diversas obras dentro deste estilo literário . Evidenciou-se essencialmente como figura de destaque na segunda geração romântica representando uma espécie de padrinho dos jovens poetas que iniciando a sua carreira