O Estado Desenvolvimentista
A década de 70 está marcada pelo esgotamento do padrão de acumulação e pelo agravamento da crise financeira internacional. Os Estados Unidos encontravam-se em um momento crítico de desequilíbrio externo e financeiro e tronaram a situação ainda mais aguda lançando sua taxa de juros que por volta de 1981 chegou a 21% e isso atingiu em cheio os países endividados.
Como a maior parte das dividas havia sido contraída pelos setores privados desses países, a elevação dos juros facilmente quebraria os devedores, com isso o Estado foi pressionado a assumir a dívida privada em dólares, resultando no processo de estatização da dívida externa.
Tos os Estados nacionais que procederam dessa forma praticamente quebraram financeiramente. A partir daí o peso das dívidas e sobretudo de suas amortizações e juros arrebentaram com as finanças públicas. Inflação, hiperinflação e estagnação foram as marcas da década de 80.
Os países desenvolvidos formaram um cartel de credores liderados pelos Estados Unidos e impuseram aos devedores um ajuste macroeconômico por meio do qual devíamos conter a demanda interna para gerar saldos exportadores para servir a dívida externa.
O baixo crescimento do período e a inflação corroíam as finanças publicas e os juros das dívidas publicas acabavam por destruir a capacidade financeira do Estado.
Durante as décadas de 80 e 90, os países desenvolvidos fizeram sua reestruturação local e regional e passaram a oferecer a chamada negociação das dívidas publicas externas. O Brasil foi o ultimo a aceita-la. Junto a negociação veio também um pacote de políticas neoliberais (abertura comercial, desregulamentação do capital estrangeiro, Lei de Patentes, privatizações etc.)e a determinação de que deveríamos importar muito.
A Reforma Administrativa praticada a partir de 1990 teve como alvo principal a diminuição do tamanho do Estado, com supressão de cargos públicos, fechamentos de várias instituições , venda de imóveis