Estado liberal, estado neoliberal, estado de bem estar-social e estado desenvolvimentista
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO EM SAÚDE
PÓLO DE BEBERIBE
DISCIPLINA: ESTADO, GOVERNO E MERCADO
TUTOR: BRUNO POLICARPO
ESTADO LIBERAL, ESTADO NEOLIBERAL, ESTADO DE BEM ESTAR-SOCIAL E ESTADO DESENVOLVIMENTISTA
LIA RICARTE DE MENEZES
FORTALEZA, 2012
INTRODUÇÃO
Duas correntes dominaram o pensamento econômico no século XX e ainda provocam grandes debates: a escola desenvolvimentista e o pensamento liberal.
A escola desenvolvimentista tem como fundador e maior teórico o economista inglês John M. Keynes (1883-1946), que defendia uma participação ativa do Estado em setores da atividade econômica que, embora necessários ao desenvolvimento do país, não interessam ou não podem ser atendidos convenientemente pela iniciativa privada.
Já o liberalismo, como doutrina econômica, defendia a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal na economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo.
O chamado neoliberalismo representa apenas a aplicação de antigos postulados liberais derivados das ideias de John Locke (1632-1704) sobre a defesa da propriedade privada e de Adam Smith (1723-1790) sobre a “mão invisível do mercado”. Para Smith, a “mão invisível” seria representada pelo conjunto das forças naturais do mercado, que agiriam de modo a otimizar a alocação dos recursos por parte dos agentes econômicos em regime de concorrência perfeita (sem a presença de monopólios e a intervenção do Estado), o que conduziria as nações a um processo consistente de acumulação de riquezas. A história econômica do capitalismo demonstrou, no entanto, que o regime econômico de concorrência perfeita cedeu lugar a uma crescente oligopolização dos mercados e hoje o mundo convive com o fenômeno da globalização monopolista.
A crise da bolsa de valores de Nova York, em 1929, seguida da profunda recessão dos Estados Unidos, a superveniência de uma guerra de dimensões globais e a necessidade de