Desenvolvimentismo
O presente trabalho traz considerações acerca do processo de renovação do Serviço Social brasileiro, que desembocou nas três perspectivas do Serviço Social, discutidas por José Paulo Netto (2006): a modernização conservadora, a que faz uma reatualização do conservadorismo e a que busca romper com as normas tradicionais da profissão. Este texto, mais especificamente, faz uma abordagem da perspectivada modernização conservadora do Serviço Social. Para isso, é fundamental que sejam feitas algumas considerações a respeito da dominação nos países da América Latina após a Segunda Guerra Mundial, para que se possa compreender o contexto no qual o Serviço Social do Brasil se desenvolveu. A obra que referencia este texto é Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64 de José Paulo Netto.
Unidade Didática – Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social
A IMPLANTAÇÃO DE EMPRESAS DE CAPITALINTERNACIONAL NO BRASIL
Com a construção do bloco capitalista e do bloco socialista, o capitalismo gerou algumas mudanças na sociedade. Para Fernandes (1981, p. 21), após a Segunda Guerra Mundial, países da Europa, Ásia e América lançaram estratégias em defesa do capitalismo. Uma dessas estratégias foi a implantação de empresas norte-americanas e europeias na América Latina. Moniz Bandeira, no estudo sobre cartéis e desnacionalização no Brasil, de 1964 a 1974, afirma que a economia brasileira registrava “alta concentração monopolística” nos anos 1950.
Segundo Bandeira (1975, p. 10), o governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Fez concessões ao capital internacional, como, por exemplo, ao aprimorar a “Instrução 113 da Sumoc.” Esse mecanismo massacrou o empresariado nacional e “[...] instituiu um regime de privilégios para capitalistas estrangeiros, ou melhor, americanos” (BANDEIRA,1975, p. 10).Nessa altura, o empresariado nacional, que atuava de forma competitiva, teve que ceder ao capital internacional. Florestan Fernandes, num estudo