Novo desenvolvimentismo
O primeiro faz menção ao argumento liberal clássico de Adam Smith, o qual está relacionado à ideia de progresso, “aquele que, brotando da energia do trabalho humano, socializado pela divisão da produção (na fábrica ou na relação fábrica-mercado-sociedade), forjava as portas do futuro pela via da elevação da produção industrial e, na sequência, do bem-estar humano.” (CEPÊDA, 2012). Dessa forma, encontramos o desenvolvimento no centro do imaginário liberal clássico, estando ligado à modernização da produção e ao avanço econômico via leis de mercado, que levariam ao aumento do bem-estar geral. O segundo, por sua vez, está ligado à teoria do subdesenvolvimento, derivado da tese de capitalismo tardio que argumentam que os problemas para modernização e industrialização da produção de países periféricos, no qual se inclui o caso brasileiro, é dada pelo sua modernização tardia. O subdesenvolvimento é uma posição que o país ocupa no mercado internacional, uma posição subalterna condicionada pelo domínio de países desenvolvidos plenamente industrializados que, por causa da proeminência de suas economias, não deixa espaço para outras nações desenvolverem senão atividades agrário-exportadoras, incapacitando diversificação produtiva, saltos inovativos e expansão de mercado interno. Essas são as bases tanto do desenvolvimentismo quanto do nacional-desenvolvimentismo, este sendo o pacto social de intervenção estatal clássico do Brasil e de países da América Latina no século XX.
O desenvolvimentismo surge como a proposta de superação do subdesenvolvimento a partir de práticas heterodoxas que rejeitam dois paradigmas fundamentais da teoria econômica