Desarmamento
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Armas de fogo: Desarmando Estatísticas
Por Kenneth Cattley
Uma informação errada repetida muitas vezes acabará por convencer a muitos de sua correção. Quanto mais autoridade detiver aquele que a repete, mais pessoas irá convencer. É portanto desolador quando um ilustre Ministro da Justiça, sobre cuja honestidade de propósito não pairam quaisquer dúvidas, torna-se arauto de informações equivocadas e, com base nelas, persegue o absurdo objetivo de desarmar o cidadão honesto, retirando-lhe o direito de auto-defesa que o poder público não revela condições de suprir, enquanto criminosos detêm, sem pleitear autorização, arsenais de padrão militar.
Em editorial no jornal O Globo (30.11.2000), recita o Sr. Ministro o batido bordão do movimento pelo desarmamento, segundo o qual “a maioria das armas adquiridas legalmente por pessoas de bem termina nas mãos de marginais”, bem como afirma ser “comprovado” que o cidadão armado não teria coragem ou habilidade para defender-se. Nada é mais distante da realidade e somente a lamentável ausência de estatísticas confiáveis no País torna difícil demonstrar a incorreção das assertivas.
Há anos os advogados do banimento das armas de fogo tentam convencer-nos que o cidadão honesto é ignorante, incapaz e despreparado para defender-se com uma arma de fogo. Apóiam-se nas estatísticas nacionais que se limitam a registrar ocorrências em que as vítimas foram mortas ou feridas ao reagirem a atos de violência.
Desconsideram a evidente circunstância de que aqueles numerosos casos em que a reação é bem sucedida e evita a perpetração da violência não geram registros de ocorrência, fonte quase exclusiva das estatísticas policiais.
Pesquisas conduzidas nos Estados