Desarmamento
De acordo com o Comitê Paulista da Cultura e da Paz, o Brasil tem maior número de mortes por armas de fogo do mundo, só em 2003 foram 108 por dia, quase 40 mil no ano. Para diminuir essas mortes o estatuto visa desarmar pessoas incapacitadas, sendo permitidos apenas policiais, guardas municipais (em cidade com mais de 500 mil habitantes), integrantes das Forças Armadas, funcionários de empresas de segurança e transporte de valores (enquanto em serviço), desportistas de tiro; pessoas que demonstrarem sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física e caçadores.
Não tem nenhuma vantagem em manter uma arma em casa, mesmo que a segurança do país não seja tão boa quanto deveria ser, é ilusão achar que vai conseguir se defender de delinquentes, muito pelo contrário, a probabilidade de morrer com a bala da própria arma é maior do que conseguir matar o ladrão.
Alguns opositores afirmam que o desarmamento vai aumentar o tráfico de armas, porém é ao contrário, a proibição vai aumentar o preço e dificultar o acesso, lembrando que todas as armas e munições serão marcadas permitindo o rastreando, dificultando mais uma vez o roubo e o tráfico. Comprova-se isso com uma pesquisa feita em 2003 quando a lei entrou em vigor foi entregue voluntariamente 450 mil armas, e o calibre 38 (arma mais comum) subiu cinco vezes a mais que o preço normal.
O mais importante dos aspectos é o denominado “fator surpresa”. É preciso considerar que a iniciativa da ação é do assaltante, que obviamente escolherá o momento propício e a melhor condição para agir. Esse poder de iniciativa concede ao bandido uma grande chance frente à vítima, que será surpreendida pelo ataque. Frente a uma arma de fogo apontada, de nada adianta a vítima ser boa atiradora, pois uma arma dispara em frações de segundos, sem dar tempo a que se use outra arma de forma defensiva, mesmo que ela esteja