Evolução da Saúde Publica
A preocupação oficial com a saúde pública no Brasil é algo muito recente, datando as primeiras providências governamentais da vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808, que criou as duas primeiras escolas de medicina em nosso país (Colégio Médico-Cirúrgico do Real Hospital Militar de Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro).
Mesmo assim, estas medidas visavam principalmente o bem estar da nobreza, dos mais ricos e dos oficiais militares, deixando o povo em geral entregue ao que podia conseguir dos pajés, práticos, curandeiros e curiosos (em 1789 haviam apenas 4 médicos em toda a cidade do Rio de Janeiro, atendendo principalmente os mais abastados). Excessão e esperança eram as Casas de Cuidados (enfermarias) dos Jesuítas, até a prisão dos mesmos em 1760 pela coroa portuguesa, e as Santas Casas de Misericórdia, tendo sido a primeira delas fundada em 1543 na cidade de Santos (São Paulo).
Foi somente durante o início da república brasileira, na administração Rodrigues Alves (1902-1906) que nosso governo adotou as primeiras medidas sanitárias e de saúde pública modernas, sendo indicado o médico Oswaldo Cruz para sanear a cidade do Rio de Janeiro, que até então sofria severamente com a malária, varíola, peste bubônica, febre amarela, etc. Suas medidas foram eficientes, mas de tal forma arbitrárias e violentas que levaram a população da cidade, que não havia recebido qualquer tipo de ação educativa sobre as medidas tomadas, a se revoltar. Esta revolta, conhecida como a "Revolta da Vacina" envolveu diversos setores da sociedade da época, provocando protestos violentos que resultaram em cerca de 50 mortos, 110 feridos e centenas de deportações para o Acre, além do afastamento de Oswaldo Cruz de seu cargo.
Somente em 1923 surge, por pressão dos trabalhadores, a lei Elói Chaves que criava as Caixas de Aposentadoria e Pensão: instituições mantidas pelas empresas (o governo apenas supervisionava) onde estava incluso um