Desafios cotidianos da pratica de docentes
. A experiência realizada nesta escola de ensino revelou a necessidade de uma ampliação e aprofundamento da dimensão do conhecimento teórico e prático da inclusão escolar. Através das análises do cotidiano, percebeu-se que é preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de inclusão. Pois, um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a reprodução de culturas e conhecimentos que se encontram incompatíveis com a realidade sociocultural da atualidade.
O significado conferido ao processo de inclusão desenvolvido por esta escola é de que este espaço educacional continua forjando uma realidade educacional inclusiva, o que na verdade, se constitui na mais perversa forma de exclusão. Afirmar que uma escola regular é inclusiva porque nela estuda uma criança com deficiência, outorga uma ideia esvaziada de conhecimento do processo de inclusão.
Nesse diálogo ficou evidente o desafio que a escola regular tem a enfrentar para poder ensinar com igualdade a todos os alunos nas suas diferenças individuais. Foi presenciada uma realidade educacional que se dizia inclusiva, porém, esta se mostrou configurada numa prática pedagógica mecânica e repetitiva, desenvolvida a partir de uma proposta curricular sem inovações e atividades atraentes, aliada a uma forma de avaliar deficiente que priorizava a reprodução fiel de conteúdos ensinados. Além disso, seu projeto político pedagógico ao ser elaborado pelas supervisoras da rede municipal resumiu-se num documento burocrático para satisfazer as exigências do sistema educacional.
A escola regular tem um papel fundamental para uma mudança decisiva do ponto de vista da inclusão irrestrita. Portanto, para isso se efetivar de fato é necessário que seus profissionais, se reconheçam como agentes capazes de mudar a realidade da prática pedagógica repetitiva, do currículo mecânico e desinteressante, da avaliação classificatória e excludente e da construção do