O capitalismo assalta a ásia
Santa Catarina, até 1820 tinha como território ocupado somente a uma estreita faixa litorânea localizada entre as Serras do Mar e Geral e o Oceano Atlântico. Sendo que neste ano foi incorporado o vasto planalto adjacente, cujos limites a oeste permaneciam indefinidos e que até então pertenciam à Província de São Paulo. Esta configuração administrativa demonstra os objetivos da criação da capitania de Santa Catarina em meados do século XVIII: posto avançado na luta pelos limites litorâneos, que deveriam estender-se, na estratégia portuguesa, até o Rio da Prata onde, na época, ainda estava encravada a Colônia argentina de Sacramento.
Como estratégias de ocupação de tão vasta área desocupadas e devolutas recorreu-se a incentivar a entrada de estrangeiros. Apesar do virtual consenso acerca da imigração e do importante precedente representado pela chegada dos açorianos, quase um século se passou até que os empreendimentos migratórios se tornassem rotineiros na província.
Com a abdicação de D.Pedro I seguiu-se a fase das regências imperiais, onde todos os empreendimentos coloniais estabelecidos na fase das Regências lutaram com problemas sérios de abandono por parte do governo e por período de xenofobia, onde todo e qualquer estrangeiro é mal visto, odiado, e, consequentemente, os estrangeiros não seriam bem recebidos, nem sequer como imigrantes.
Mesmo assim, em 1829,com a fundação da Colônia São Pedro de Alcântara marcou-se o início desta etapa colonizadora em Santa Catarina: para os vales situados nas proximidades da Capital da província, transportaram-se os primeiros imigrantes alemães, seguindo-se em 1836, às margens do Tijucas Grandes, o estabelecimento dos primeiros de etnia italiana, fixando-se em São João Batista.
A estas duas primeiras células pioneiras seguiram-se, de colonos alemães, Vargem Grande (1837), Piedade (1847), Blumenau (1850), D. Francisca (1851), Leopoldina