Democracia no estado moderno
A fim de tratar da democracia no Estado moderno, de início, faz se necessário identificar quais são as diferenças entre a democracia moderna e a antiga.
O conceito construído da democracia na antiguidade afirma que, para sua consecução, o poder do Estado deve ser dividido entre todos os cidadãos livres, ou seja, o poder emanava do povo, em sua totalidade.
Tal forma conceitual da democracia se deu durante o período antigo da Grécia, berço de tal pensamento. É que os grandes pensadores da época, ao vislumbrar a forma ideal de Estado, entenderam que, para a construção de um Estado perfeito, a inserção de uma forma de poder emanado diretamente do povo era condição fatal.
Esta lógica se dá através do raciocínio de que para que os anseios dos cidadãos sejam atendidos, os referidos deveriam decidir juntos as questões comuns de forma direta. Saliente-se que, este conceito de democracia surgiu em contraponto ao governo tirânico, onde o comando do Estado era tomado por um único elemento, que deveria conduzir o governo.
Por outro lado, o conceito da democracia moderna se dá através da ideia da representatividade, ou seja, o povo é representado por cidadãos que os governam por meio do contrato social.
O povo é tutelado pelo Estado, devendo eleger entre os seus quem os representem, governando assim de forma indireta.
Percebe-se, por uma breve análise, que em relação à democracia antiga, a moderna apresenta traços peculiares que as diferem, tornando sua aplicabilidade extremamente diversa.
A democracia no estado moderno, exercida de forma indireta e representativa, segue de mãos dadas ao espírito republicano sobre os governantes e representantes do povo. Apenas dissertar acerca da democracia moderna, olvidando o ideal republicano que lhe deu azo, seria tratar de forma incompleta ambos temas, ao revés que que se propõe no presente trabalho. Assim, é indispensável entender a democracia, mas também compreender o significado da