Definição de tragédia

UFMG - Escola de Belas Artes

Curso de Graduação em Teatro Definição de Tragédia

Aluno/a:
Disciplina: Teorias do Texto Dramático e Texto Espetacular
2º Semestre de 20**
Prof.: Leda Maria Martins

Aristóteles. Poética. Trad. Eudoro de Souza. Edição bilíngue. São Paulo: Ars Poetica, 1992.

1. Definição de Tragédia A Tragédia é a imitação, por parte do ator, de uma ação de caráter elevado, completa, provida de adornos que se deslocam por várias partes da linguagem dramática, dentre eles, ritmo, harmonia e canto. 1.1. Sendo a imitação de uma ação completa, a Tragédia é constituída de um “todo”, portanto, tendo princípio, meio e fim. O princípio não contém em si algo que siga necessariamente outra coisa, mas está/estará ligado a algo que virá posteriormente. O meio vem após uma coisa e traz outra coisa depois de si. O fim, automaticamente sucede algo e depois de si, nada tem.
1.2. A Tragédia imita uma ação que se desenvolve por meio de personagens – não é imitação de homens, mas de ações de vida-, estes agem e se apresentam diferentemente, segundo o próprio caráter e pensamento. Através das diferenças de caráter e pensamento qualifica-se as ações, provocando a aproximação e identificação que dão origem à catarse.

2. Seis partes da Tragédia
Seis partes constituem a qualidade da Tragédia.

2.1. Mito: é o princípio, é necessário, portanto que não se iniciem ou terminem ao acaso, mas que se conforme aos princípios.
2.1.1. Mito simples: se refere à ação simples, coerente, efetua eventuais mutações, sem Peripécia ou Reconhecimento.
2.1.2. Mito complexo: da ação complexa, onde a mutação é feita através do Reconhecimento ou Peripécia, ou ambos.

2.1.3. Peripécia: mudança de destino da personagem. Reconhecimento: a passagem do ignorar ao conhecer.
2.2. Caráter/Caracteres: define as características da personagem; é importante que sejam bons, convenientes, tenham coerência – mesmo que incoerente coerentemente - e tenham