Tragedia grega e o humano
Humanidade e Justiça na Historiografia Grega (V-I a.C) A Tragédia Grega influenciará na criação do que seria o ser humano dos tempos atuais. Primeiramente, através das peças teatrais, que incluirá em suas obras, questão de nacionalismo, racionalismo, critica social e aos poucos estabelecerá o gênero humano através do gênero dramático.
O gênero dramático mantém com a cidade uma estreita e complexa relação. É na tragédia a reverência cívica por excelência. É nesse gênero também que incluirá as classes sociais que não pertenciam aos ricos, aos que tinham poder, a Tragédia é para todos, não somente para uma classe dominante. Pois o objetivo histórico da tragédia era desenvolver um pensamento politico, apesar de não estarem explicitamente aberto aos olhos de quem assiste.
Isso significa que a atualidade do gênero trágico acompanha-se de uma tendência constitutiva à inatualidade, que é exceder os limites da sua época em tempo e espaço e consequentemente à fragilidade da manifestação individualista, no qual constitui a causa da infelicidade humana. Toda tragédia tem muito haver com a encenação de um luto, é quase certo que, em um drama, se assemelha a uma longa lamentação versificada. Nesse momento entra o humano: o sentimento, embora confuso em cada um, de que se é irrevogavelmente tocado por outrem. O trágico tem sempre, e em proporções variáveis, cumplicidade com tudo aquilo que a cidade recusa. A tragédia grega diz em seu próprio nome sobre o homem e o humano. Lembrar aos seus homens que eles são mortais, é apenas mais seguramente um recurso para isso, ao garantir a concórdia em que “muitos sofrimentos, entre os mortais, encontram seu remédio” (Eumênides. 987). É na formulação desse pensamento que os gregos aos poucos vão deixando de evocar deuses e criaturas acima do humano, passando a denotar nas tragédias as relações do seio da sociedade dos homens, evocando na mesma ocasião a vida de trocas e de