Teatro Elisabetano
O Caminho da Tragédia, de Antígona a Macbeth
Porto Alegre, Novembro 2013.
RESUMO
Este artigo tem como propósito fazer um traçado do caminho que a tragédia percorreu utilizando como base o texto Antígona de Sófocles e o texto MacBeth de Shakespeare podendo assim analisar e diferenciar a Tragédia Grega e a Tragédia Elisabetana e também estabelecendo um contraponto com a Tragédia no Contemporâneo.
PALAVRAS-CHAVE
Tragédia. Teatro Grego. Teatro Elisabetano. Macbeth. Antígona.
ABSTRACT
This Article has the purpose to make a tracing of the path traveled for the tragedy using as a basis the text of the poet Sophocles' Antigone and Shakespeare's Macbeth text for thus analyze and differentiate Greek Tragedy and Elizabethan Tragedy and also establishing a counterpoint to the Tragedy in the Contemporary.
INTRODUÇÃO
Segundo Aristóteles pode-se definir tragédia da seguinte forma:
A tragédia é a imitação de uma ação importante e completa, de certa extensão; num estilo tornado agradável pelo emprego separado de cada uma de suas formas, segundo as partes; ação apresentada, não com a ajuda de uma narrativa, mas por atores, e que, suscitando a compaixão e o terror, tem por efeito obter a purgação dessas emoções. (ARISTÓTELES: 1985, 248)
Uma origem religiosa também está por trás do desenvolvimento do drama ocidental na Idade Média. Tais origens nos lembram de que o drama surgiu das aspirações mais profundas do homem e carrega consigo alguns dos mistérios que decorrem dessas aspirações. A tragédia, como uma forma teatral, alcançou seu primeiro patamar de desenvolvimento na Grécia antiga (500 a.C.). Já nessa época ela revelava muitas das características que hoje viemos a considerar como inseparáveis. A tragédia está diretamente ligada a tragédia grega e ao trabalho descritivo de Aristóteles (384-322 a.C.), estabelecido posteriormente como “regras”. Nesse