Teatro Elisabetano
Para fins de estudo, estende-se, no entanto, a era isabelina até o fim do reinado de Jaime I, em 1625, e mais tarde, incluindo seu sucessor, Carlos I, até o fechamento dos teatros no ano de 1642, devido à Revolução inglesa (Teatro Carolino). O fato de se prolongar além do reinado de Isabel I faz com que o drama escrito entre a Reforma e a clausura dos teatros em 1642 se denomine Teatro Renascentista Inglês.
Shakespeare dedica a Jaime I algumas de suas principais obras, escritas para celebrar sua ascensão ao trono soberano, como Otelo (1604), O Rei Lear (1605), Macbeth (1606 - homenagem à dinastia de Stuart) e A Tempestade (1611 - inclui, entre outras, uma "mascarada", interlúdio musical em honra do rei que assistiu à primeira representação).
O período isabelino não coincide cronologicamente, em sua totalidade, com o Renascimento europeu e menos ainda com o italiano, mostrando um forte acento maneirista e até mesmo barroco em suas elaborações mais tardias.A época elizabetana representou o ingresso da Inglaterra na Idade Moderna, num mundo sob o impulso das inovações científico-tecnológicas como a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico e das grandes explorações geográficas (neste momento começa a colonização européia da América do Norte). A peça A Tempestade, por exemplo, é ambientada, não por casualidade, em uma ilha do Caribe cuja população, representada simbolicamente pelo "selvagem" Caliban e sua mãe, a bruxa Sycorax, está submetida às artes mágicas de Próspero, isto é, à tecnologia e ao progresso dos colonizadores europeus.
A separação da órbita do Papado e do Sacro Império Romano, com a derrota de Filipe II de Espanha e de sua Invencível Armada (1588), e a estabilidade econômica obtida com a expansão do