Análise Crítica do Texto III
José Roberto Heloani
Cláudio Garcia Capitão
Assim como se propõe o artigo, é preciso que nós discutamos a maneira como o trabalho se organiza em nossa sociedade e as repercussões psíquicas provocadas por ele. Isto porque o atual mercado de trabalho cria cada vez mais exigências que excluem o sujeito e a sua subjetividade, deixando marcas de sofrimento no corpo que se manifestam através de várias doenças. Hoje se sabe que tanto o trabalho quanto a diversão são imprescindíveis para o bem-estar do indivíduo. E considerando isto, vêem-se muitas empresas criando modos de entreter os funcionários através de aulas laborais, ambientes de descontração com videogame, massagem, música e som ambientes, aulas de alongamentos e eventos nos quais as famílias dos funcionários são convidadas a participar para aumentar o estímulo e a vontade do funcionário de contribuir com a empresa. Mesmo as organizações que se preocupam com a saúde dos seus funcionários exercem constante pressão sob os trabalhadores fazendo com estes sintam-se sufocados, já que a única ferramenta para o sustento que possuem, é a sua força de trabalho. Estas que podem ser dispensadas a qualquer momento. Atualmente, para a maior parte das atividades, é exigido um trabalhador que saiba além do que seria preciso para fazer a sua tarefa. Busca-se um funcionário com muitas habilidades, rápido na resolução de problemas e que saiba lidar com as surpresas que atravessam o dia-a-dia da organização. Neste contexto, cresce o número de pessoas que se sentem muito cobradas, fazendo emergir a o sentimento de incompetência, fazendo com que o trabalho seja visto como sofrimento, pena a ser cumprida e falta motivação para sua realização. A grande preocupação com o capital vem distanciando as relações humanas e, os sentimentos de amizade e companheirismo no trabalho não se consolidam, pois como os funcionários se tornaram facilmente substituíveis, não há tempo e espaço