Edipo rei
Aristóteles observa, na Poética, que o termo drama (do grego drân: agir) faz referência ao fato de, nesses textos, as pessoas serem representadas “em ação”.Ao identificar o drama como um dos gêneros literários, Aristóteles considerou uma característica importante desses textos: eram feitos para ser representados, dramatizados.
A tragédia
No início, drama e tragédia eram praticamente sinônimos e faziam referência a uma encenação que apresentava ações humanas que simbolizavam a transgressão da ordem no contexto familiar ou social. O elemento trágico por definição era a paixão (pathos), que levava os seres humanos a portarem-se de modo violento e irracional e, dessa forma, ignorarem as leis humanas ou divinas que organizavam a vida.
Aristóteles estabelece, na Poética, que as tragédias desenvolvem certos temas, como as paixões humanas e os conflitos por elas desencadeados, e apresentam personagens nobres e heróicas (deuses, semideuses ou membros da aristocracia). Também esclarece que o objetivo da encenação de uma tragédia é desencadear, no público, terror ou piedade. A “purificação” de sentimentos da platéia, provocada por essa experiência estética, recebeu o nome de catarse.
Textos dramáticos são aqueles em que a “voz narrativa” está entregue às personagens, que contam a história por meio de diálogos e monólogos.
Outros significados
Na língua portuguesa, o termo drama também faz referência a situações problemáticas, comoventes, de conflito (Vivemos um drama quando papai perdeu o emprego.). Pode, ainda, ser de uso mais coloquial para indicar o comportamento exagerado de alguém (Ela adora fazer drama!).
Origens do gênero dramático
Em diversas sociedades primitivas era comum a realização de danças ritualísticas. Acreditava-se que a dança teria o poder de alterar algumas condições necessárias à sobrevivência e ao bem-estar das pessoas.Como os participantes representavam diferentes papéis, há quem reconheça nessa atividade o germe da