Édipo Rei
Édipo Rei é a primeira obra de um conjunto que inclui também Antígona e Édipo em Colono. Centra-se na família de Édipo, descrevendo eventos com mais de 8000 anos. A história desta família é determinada por uma profecia que Édipo irá matar o seu pai e casar com a sua mãe; a acção desta primeira peça é a descoberta da realização dessa profecia.
Freud elevou o mito de Édipo a um dos pilares da psicanálise clássica. A definição do Complexo de Édipo.1 remonta a uma carta enviada por Freud a seu amigo Fliess, em que discute relações de poder e saber num drama encenado tipicamente por pai, mãe e filho.
Em A verdade e as formas jurídicas, Michel Foucault2 fez uma análise das práticas judiciárias da Grécia antiga através da história de Édipo contada por Sófocles.
Monte Citerão, entre Tebas e Corinto. Com os pés amarrados, um bebê tebano deve ser deixado ali para morrer. Por piedade, um pastor coríntio consegue levá-lo para sua cidade, onde será adotado pelo rei Pólibo. Muitos anos depois, consultando o oráculo de Delfos para esclarecer uma dúvida sobre sua origem, o jovem, de nome Édipo, é atingido por uma terrível profecia: seu destino é matar o pai e desposar a própria mãe. A fim de evitar o desastre, Édipo abandona Corinto. Em suas andanças, encontra um velho homem, com quem discute em uma encruzilhada. Encolerizado, mata o viajante e quase toda sua comitiva (um só homem escapa). Seguindo sem rumo, chega às portas de Tebas, onde a Esfinge propõe-lhe um enigma. Se errar, morrerá. A resposta de Édipo salva a sua vida e a da cidade. Como dupla recompensa, recebe de Creonte – irmão da rainha e até então regente de Tebas – o título de rei e a mão de Jocasta, viúva de Laio, o rei assassinado