Nos últimos anos, a área de educação física (EF) e o esporte procuraram se aproximar das ciências humanas e sociais. Porém, sem se afastar por completo do conhecimento biomédico que sempre marcou e caracterizou a área, desde a sua gênese, oriunda do pensamento médico higienista do passado (MELO, 2010). A – arte – que deriva do latim – ars - significando técnica e/ou habilidade. A arte geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepções, emoções e idéias; com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores, dando um significado único e diferente para cada obra (FENSTERSEIFER, 2001). Na intencionalidade de discutir as interfaces do esporte com a arte na contemporaneidade, o presente ensaio apresenta duas perspectivas para aqui tratar do tema. A primeira, acerca da possibilidade do esporte ser tomado como uma forma de arte; e, na segunda, discutindo o quão são relevantes os aspectos estéticos, na configuração da importância da presença social e da popularidade do esporte na sociedade. Numa perspectiva de uma análise conclusiva, o presente ensaio afirma o quão – não é - difícil concluir que o esporte possa ser definitivamente considerado como arte nas sociedades contemporâneas. Quiçá a oitava arte. Sendo que também é possível compreendê-lo como uma - forma de arte – se for buscado em várias perspectivas, a exemplo do sentido de chamar a atenção para certos preconceitos que podem ainda persistir; no sentido de compreender melhor o objeto de trabalho; vislumbrando perceber de maneira mais precisa e multifacetada sua ocorrência social, e, fundamentalmente, no sentido de argumentar que seu diálogo com a arte se deu no nível de linguagens similares que trocaram, se interpenetraram.
Vivemos hoje a necessidade de ampliar nossos horizontes. Ampliar nosso conhecimento para novas culturas. Estamos de frente com uma realidade de manipulação e alienação em que