Dançando na escola

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Felizmente, desde que Roger Garaudy (1989) pessimisticamente declarou ser a dança o “primo pobre da educação”, o parentesco desta linguagem artística com as demais disciplinas do currículo já foi bastante alterado. No Brasil, tenho notado nos últimos anos a preocupação de nossos educadores e legisladores em pelo menos mencionar a dança em seus trabalhos e programas. Em 1992, por exemplo, a dança passou a fazer parte do Regimento da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo como linguagem artística diferenciada. Do mesmo modo, já são muitos congressos, simpósios e encontros tanto na área de Artes quanto de Educação Física que estão incluindo a dança como parte de seus programas. Seria interessante também mencionar o crescimento do número de grupos de dança no país e de festivais, encontros e programas regulares tais como os “Movimentos de Dança”, patrocinados pelo SESC- São Paulo, ou o “Feminino” e “Masculino” na Dança que ocorre todos os anos no Centro Cultural Vergueiro, em São Paulo, e ainda o “Carlton Dance Festival”. Estes programas têm incentivado tanto novos quanto antigos coreógrafos a um intercâmbio maior entre os próprios grupos e público nacional/estrangeiro. No entanto a escola é hoje, sem duvida, um lugar privilegiado pra que isso aconteça e, enquanto ela existir, a dança não poderá continuar mais sendo sinônimo de “festinhas de fim-de-ano”.
Nossa escola formal esta fundada em valores que há séculos tem valorizado o conhecimento analítico/descritivo/linear em detrimento do conhecimento sintético/sistêmico/corporal e intuitivo. Não é de se admirar, portanto, que uma arte como a dança, que trabalha direta e primordialmente com o corpo, tenha sido durante séculos “presa nos porões e escondida nas senzalas”: foi banida do convívio de outras disciplinas na escola, ou então atrelada ao tronco e chicoteada, até que alguma alma boa pudesse convencer “o feitor” de sua “inocência”.
Se por um lado o fato do Brasil ser um país onde a dança é de

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