Resenha Científica sobre o Artigo “Dançando na Escola” de 1997, da Autora Isabel A. Marques.

1372 palavras 6 páginas
No Brasil tem aumentado o crescimento do número de grupos de dança, festivais, programas regulares, Universidades no país que vêm promovendo cursos de especialização e/ou mestrado em ensino da dança. Mesmo a dança ocupando os espaços ainda existem alguns “desentendimentos” sobre o campo de conhecimento. Após alguns anos desde que os pesquisadores começaram a estudar e analisar a situação das artes no país, percebe-se que a dança parece representar um risco muito grande para a educação formal, pois ela continua sendo uma desconhecida para a escola. Propostas com dança que trabalhem seus aspectos criativos imprevisíveis e indeterminados ainda “assustam” aqueles que aprenderam e são regidos pela didática tradicional. Os processos de criação em dança acabam não se encaixando nos modelos tradicionais de educação que ainda são predominantes em nossas escolas que permanecem com um ensino “garantido”, “conhecido”, “pré-planejado” e “determinado”. Devido a diversas características da época que estamos vivendo talvez seja esse o momento para refletirmos criticamente sobre a função/papel da dança na escola e a dança não poderá continuar mais sendo sinônimo de “festinhas de fim de ano”.
O que acontece muito também é o preconceito que as escolas tem com a dança, o que leva os próprios profissionais da área renomearem suas atividades como por exemplo “expressão corporal”, “educação pelo/do movimento”, “arte e criação”, etc. Na prática, professores de educação física, de educação infantil, entre outros vem trabalhando com dança nas escolas sem que tenham necessariamente tido experiência prático-teórico como intérpretes, coreógrafos e diretores de dança. Outro fator que não poderia deixar de mencionar é a escassez de bibliografia especializada na área, e até mesmo muitas editoras se recusam a publicar trabalhos que contribuiriam muito com o estudo critico da área por “falta de mercado”.
Ao contrario de uma visão histórica ingênua de que a dança não passa de “uns passinhos a

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