Eurico, o presbítero

O romance histórico surgiu no inicio do século XIX com a queda de Napoleão e a publicação de Warveley, de Scott, 1914. No entanto, anteriormente, já existiam romances de conotação histórica, alguns desses romances, inclusive remetiam a China e a India. O mais famoso romance histórico do século XVIII é “O Castelo de Otranto” (Walpole), mas nesse romance a história serve apenas como “roupagem”. A história como “roupagem” não acontece em Scott, pois, para ele, a particularidade dos homens ativos derivam da especificidade histórica de seu tempo. Nos romances históricos, o tempo e o espaço do acontecimento se concretizavam de uma maneira mais enfática se comparado aos períodos iniciais do romance social, ou seja, como era regra nos franceses contemporâneos, partindo dessa perpectiva alguns “ecritores” até possuiam “consciência dessa práxis”, entitulando a si próprio de “historiador da sociedade burguesa, por exemplo, Fielding. Vemos a seguir, o terreno ideológico sobre o qual surgiu o romance histórico.
O surgimento do romance histórico se deu com as luzes do Iluminismo, principal fator de influência para desecadear a Revolução Francesa, a partir desse ponto considera-se uma revolução social, ou seja, a sociedade absolutista feudal tida como 'irracional' passa a ser experiência histórica para que se costrua, então, uma sociedade “racional e, consequentemente, um 'Estado racional'. Portanto, a Antiguidade se situa no centro da teoria histórica e da práxis do Iluminismo. A Investigação das causas da grandeza e do declínio dos estados antigos é um dos mais importantes pressupostos teóricos para a futura reconfiguração da sociedade. (p.35)

Porém, se considerava ainda um desconhecimento do que seria na verdade o 'sentido histórico', obscurecendo, talvez, como a história seria condição para o presente. Assim, nesse cenário de revoluções, as ideias do romance histórico circulavam pela Europa; França, Inglaterra e Alemanha, mas todas estas com suas