Daia
Resumo
A realização de um exercício físico provoca uma série de respostas fisiológicas nos sistemas corporais e em particular no cardiovascular. Objetivando manter a homeostasia celular diante do rápido aumento das necessidades metabólicas, há um incremento substancial do débito cardíaco, uma redistribuição do fluxo sangüíneo e uma elevação da perfusão circulatória para os músculos ativos. Os níveis tensionais sobem durante o exercício físico e, no esforço predominantemente estático, podem alcançar cifras medidas por cateter e transdutor intra-arterial superiores a 400/250 mmHg em indivíduos jovens saudáveis, sem provocar danos à saúde. Contudo, sabese que o exercício físico regular – prevalentemente dinâmico ou estático – contribui para a redução da pressão arterial em hipertensos, tanto por um componente agudo tardio como pelo efeito crônico da repetição periódica e freqüente. Este artigo revisa os principais termos em Fisiologia e Medicina do Exercício, que são relevantes para a compreensão da interação de exercício físico e pressão arterial. Discute também, de forma sucinta, as principais respostas e adaptações fisiológicas do exercício físico – com implicações para a prevenção, diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial –, os aspectos metodológicos da medida da pressão arterial durante o exercício e apresenta algumas observações de natureza prática que subsidiarão uma orientação mais científica do plano de exercício físico para o cliente hipertenso.
Introdução Há consenso de que o número absoluto e a proporção de indivíduos idosos na população tende a crescer significativamente nas próximas décadas. Existe, além disso, considerável preocupação quanto às condições de saúde e à qualidade de vida que esses indivíduos gozarão nos seus últimos anos de vida. Em particular, é possível que haja um aumento desproporcional no número de indivíduos