DAIA - Distrito Agroindustrial de Anápolis
O modo de produção capitalista vem passando por uma grande reestruturação que vai do “fordismo”, caracterizado por um regime de acumulação de rigidez intensa para um de acumulação flexível, conhecido por “acumulação flexível”. Este, além da flexibilidade nas relações de produção, promove maior mobilidade geográfica dessa produção. (DIAS & CAMPOS, 2010). O fordismo constitui em uma transferência de indústrias, máquinas, tecnologia e produtos para alguns grandes centros metropolitanos visando, inicialmente, o mercado interno dessa periferia capitalista, o que demonstra a propensão à acumulação de capital, o que não se deu de forma diferente no Brasil, sendo que o governo militar estava no comando.
A década de 1970, no Brasil, marca também a reestruturação do espaço brasileiro (MOREIRA, 2002), sendo que um dos aspectos dessa reestruturação é a redistribuição territorial da indústria, saindo da região sudeste para as outras regiões, e esta desconcentração era parte dos planos militares, que estabelecia o fortalecimento dos polos industriais do Sudoeste, posteriormente a região Nordeste receberia os complexos industriais já instalados; já as regiões Norte e Centro-Oeste teriam como prioridade a implantação de complexos agroindustriais. (SILVA, 1997).
O Estado de Goiás começa a mudar sua estrutura produtiva e econômica, que era apenas agrícola e de pecuária e começa a sua industrialização. Cria-se a Superintendência de Distritos e Áreas Industriais, a qual visava orientar e coordenar a política industrial no Estado, através da implantação de distritos industriais (CASTRO, 2004), que passam a ser Distritos Industriais de Goiás (GOIASINDUSTRIAL) em 73, instituída Pela lei nº 7.776, no governo de Leonino Ramos Caiado, o qual toma as primeiras providências para a construção do distrito Agro Industrial de Anápolis (SANTOS, 1999). Para auxiliar foi criado o Fundo de Expansão da Indústria e Comércio (FEICON) que se responsabiliza por trazer as primeiras