DAENS: ANÁLISE DO FILME DE STIJN CONINX

DAENS: ANÁLISE DO FILME DE STIJN CONINX

INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é analisar as ações e condições sociais, e culturais no filme Daens, produzido em 1992 com direção de Stijn Coninx. A análise será feita com foco no personagem principal e também nos operários que tem como “liderança” uma jovem moça. São eles respectivamente representados por: Padre Daens (o padre católico defensor da classe oprimida, representado pelo belga Jan Decleir) e Nette Scholliers (jovem operária que se identifica com a luta de Daens, representada por Antje de Boeck). Com tudo, será feita uma abordagem geral da situação da classe operária durante o periodo apresentado no filme.

A SOCIEDADE OPERÁRIA BELGA
Daens é um padre católico belga que se transfere para a cidade Aalst, no final do século XIX. Quando chega a cidade, se depara com uma situação degradante vivenciada pela classe operária onde homens, mulheres e crianças se submetem a longas e insalubres jornadas de trabalho nas fábricas sem qualquer tipo de assistencia as necessidades básicas de um ser humano no ambiente de trabalho. Dessa forma, Daens utiliza-se de sua astucia e da ajuda de seu irmão Pieter Daens (representado por Wim Meuwissen ), que é dono do jornal da cidade (O Operário) para mostrar a situação degradante de trabalho nas fabricas, inclusive apela quando crianças começam a falecer na linha de produção por conta do frio ou de acidentes na operação do maquinário. Podemos dizer que a partir daí, Padre Daens utiliza-se de um instrumento ideológico a fim de convencer não só quem se encontra fora das fábricas, mas também a própria classe operária, oprimida e alienada pelo sistema capitalista.
A classe operária começa a se engajar na luta de Daens a fim de garantir melhores condições de trabalho e vida. O pivô dessa aproximação dos operários do padre é Nette, jovem trabalhadora que presenciou o falecimento de crianças e também vivencia o sistema opressor capitalista sobre os trabalhadores fabris. Um