Analise filme Daens

Análise do filme Daens – Um grito de Justiça
DAENS – Um Grito de Justiça. Direção: Stijn Coninx. Universal Pictures Benelux, 1992.

A história apresentada no longa “Daens - um grito de justiça” se passa em Aalst, na Bélgica, no século XIX no período da segunda Revolução Industrial. Quando acontecem as primeiras revoltas trabalhistas por melhorias no processo de trabalho. Nessa época a classe operária não dispunha de leis ou benefícios, que os auxiliasse. Eram explorados pelos burgueses, que só queriam retirar deles toda força de trabalho possível, sem se importar com sua qualidade de vida, ou mesmo sua saúde. São demonstradas as péssimas condições de trabalho dentro da indústria, e a pobreza em que viviam os operários. Crianças e mulheres eram empregadas com a intenção de pagar salários bem inferiores aos dos homens, e todos os trabalhadores se submetiam a cargas horárias abusivas. Com frequência acidentes de trabalho ocorriam, principalmente envolvendo crianças. Constantemente sofriam descontos absurdos e injustos de seus salários, que já eram pequenos. Pelo fato de na Bélgica, predominarem dois idiomas, no norte falam holandês e no sul francês. Dificultava ainda mais o processo de unificação desses trabalhadores. Já que não havia uma única língua que todos entendessem. Ao chegar à cidade, Daens, que já havia arrumado problemas com muita gente durante seu tempo no ministério, procura modificar a consciência dos trabalhadores do local que estavam totalmente sujeitos aos interesses da burguesia. Utilizando o Jornal católico, alerta os operários da real situação, ofendendo assim os interesses da classe mais poderosa e rica. Essa que possuía diversos meios de lucrar cada vez mais em cima do proletariado, diminuindo os salários e se justificando com argumentos fúteis, como: “Gastam seu dinheiro apenas com bebidas e festas”. Ao contrário da maioria dos outros padres, ele procura desenvolver certo nível de