custos de estoques
Sandra Regina da Luz Inácio
A Pesquisa da Manager confirma o senso comum. O executivo brasileiro é um homem ou mulher sem tempo. Tivesse tempo, buscaria o que tanto precisa: informação, conhecimento e novas competências. Mas não será a falta de tempo mais um mito da vida de executivo?
Estilo de vida.
Talvez tudo se resuma a uma questão de estilo. Quando um executivo ascende a um cargo importante, o pacote já vem pronto: carro, secretária, agenda lotada e assistência médica, para as primeiras pontes de safena. Dai em diante, a cordialidade e a disponibilidade desaparecem. Em seu lugar, o executivo tem de parecer ocupado e distante, o relógio no pulso e o mundo nas costas. Executivos estão sempre com a mente no trabalho e os olhos no relógio. Nesta era turbulenta e incerta, a obsessão pelo trabalho foi glamourizada e transformada em estilo de vida. A ansiedade tornou-se estado (permanente) de espírito e o tempo tornou-se moeda escassa.
"Ter poder é controlar o tempo dos outros e o seu próprio". Jacques Attali
Senhor(a) do tempo.
O tempo atual, moderno, é único, rítmico e apertado. Único, porque todo o planeta está conectado e sincronizado. Rítmico, porque todas as atividades da nossa vida social são marcadas pelas horas. Apertado, porque precisamos produzir cada vez mais usando cada vez menos recursos.
Tudo isso é recente. Se vivêssemos antes da Revolução Industrial, não teríamos relógios e seguiríamos o ritmo ditado pela natureza. Observaríamos o tempo pelas mudanças de luas e pelas trocas de estações. O primeiro sinal de transformação provavelmente veio com o apito das fábricas chamando os operários para a jornada de trabalho.
"A máquina-chave da era industrial moderna não é a máquina a vapor, mas o relógio". A partir dai, um padrão artificial se impôs. O homem passou a ser senhor do tempo, mas passou também a ser seu escravo. Jacques Attali
Tempo em fuga.
Até a década de 70, só se usavam