economia

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Quando se discute o papel do Estado na economia, sempre são lembradas as teorias de John Maynard Keynes desenvolvidas nas décadas de 20 e 30 do século passado, no bojo da grande crise provocada pela quebra da Bolsa de New York em 1929, que gerou um grave desequilíbrio conjuntural nos Estados Unidos e na economia mundial.

Quando algo provoca desequilíbrio no mercado, ocasionando a retração do nível de consumo ou de investimento por parte dos agentes privados, o Estado deve intervir na economia em grau e em áreas tão diversas quanto necessário seja como forma de evitar o desemprego e garantir o estado de bem-estar social. Embora originalmente um liberal, Keynes se posicionou contra a liberdade desenfreada do mercado, propondo a intervenção do Estado na economia como forma de defesa da livre iniciativa.
Suas idéias se mostraram racionais, pois o que ele defendia era uma maior atuação estatal nos assuntos da economia por entender que, em certas ocasiões, esse seria o único meio disponível para evitar a quebra do sistema capitalista e garantir o funcionamento da livre iniciativa.

Keynes aceita essa intervenção do governo tão somente como uma forma de suplementar insuficiência conjuntural da demanda do setor privado, porém rejeita a propriedade estatal dos meios de produção e o Estado como agente produtor, quando afirma que “não se vê nenhuma razão evidente que justifique um Socialismo de Estado abrangendo a maior parte da vida econômica da nação. Não é a propriedade dos meios de produção que convém ao Estado as sumir”. É bom que se repita: as teorias de Keynes têm por objetivo encontrar meios para evitar ou solucionar as crises que periodicamente afetam o funcionamento normal das sociedades capitalistas.

Na realidade o que o economista inglês intuiu foi uma ligação do Estado com a economia de mercado, sendo o primeiro (o Estado) um fator de regulação e de equilíbrio das atividades produtores, visando evitar a quebra ou restabelecer o nível de emprego e

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