desmatamento
Desmatamento no Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre
Há indícios de que o homem vem provocando o desmatamento desde que chegou ao atual território do
Brasil, há milhares de anos, mas é difícil estimar o ritmo e a extensão do processo naqueles tempos remotos. As evidências correspondentes a algumas regiões amazônicas indicam que áreas extensas sofreram clareamento, que depois foi revertido por recuperações espontâneas da mata, quando as terras foram abandonadas. Isso parece ter acontecido em ciclos repetidos. Modificações importantes na composição e cobertura florestal de muitas regiões também ocorreram por virtude de mudanças climáticas, até a relativa estabilização do clima por volta de 4 mil anos atrás.6 7 4 523 A partir da chegada dos portugueses, em 1500, iniciou-se um novo ciclo de desmatamento, que até o presente não cessou. Um dos primeiros recursos naturais do país que eles exploraram foi opau-brasil, árvore cuja madeira produz um corante vermelho muito apreciado naquele tempo. Abundava no litoral, mas a sua procura foi tão intensa que a espécie quase foi extinta.8 1
No entanto, segundo estudo de Shawn William Miller, o sistema português de exploração madeireira nos séculos seguintes se revelou muito ineficiente, sendo a única nação colonialista que sofreu uma escassez sistemática de madeiras num contexto de abundância. A despeito de serem lançadas algumas regulamentações de proteção e do monopólio real sobre as madeiras de lei, as perdas foram intensas durante a fase colonial, mas principalmente por causa do avanço da agricultura. O monopólio em particular foi a causa de grande desmatamento, pois muitos proprietários de terras costumavam queimar toda a floresta que possuíam, apenas para evitar a interferência do governo em suas atividades. Nesta fase, o litoral foi a região mais afetada.8
Durante o império a situação piorou. O país iniciava sua industrialização, a população aumentava exigindo novas áreas e mais