Custos ambientais
ESTUDO EXPLORATÓRIO UM ESTALEIRO DA REGIÃO SUL DO BRASIL
Ana Claudia Afra Neitzke
Giliard Gonçalves
Artur Roberto de Oliveira Gibbon
1. INTRODUÇÃO
O cenário econômico mundial tem sofrido constates modificações causando impactos nos diversos setores da economia. O estreitamento dos mercados, o desenvolvimento de novas tecnologias, a concorrência global acirrada e os consumidores cada vez mais exigentes fazem com que as empresas tenham de se adaptar a nova realidade que se apresenta. Na visão de Souza (2009, pg. 128), “o meio socioeconômico deixa de ser apenas a economia nacional para englobar o resto do mundo. Os agentes tornam-se mais numerosos e os ambientes mais complexos”. Neste cenário percebe-se uma preocupação crescente no que tange à mensuração e avaliação dos impactos ambientais provocados pelas atividades produtivas.
No Brasil o setor de construção naval tem crescido nos últimos anos (JESUS & GITAHY, 2009). A partir das construções das plataformas de petróleo em território nacional o mercado interno brasileiro vem absorvendo as riquezas oriundas destas. As cidades onde os polos navais estão localizados tendem a absorver diretamente os impactos financeiros e econômicos gerados pela instalação da indústria naval. De acordo com o relatório da subcomissão do polo naval do Rio Grande (2011), a Universidade Federal do Rio Grande realizou estudos e constatou que setores mais ligados à atividade naval, poderão gerar cerca de 26 bilhões de dólares em bens e serviços e mais de 700 mil empregos - diretos e indiretos - no período de quinze anos. Com efeito, destes fatores positivos para a economia da cidade do Rio Grande, a preservação da qualidade ambiental deve ser uma prioridade, já que a deterioração dos recursos naturais pode trazer inúmeras consequências negativas para a cidade e também para os moradores.
Neste contexto surge o seguinte problema a ser investigado: como são tratados os custos ambientais de um estaleiro da Região