Cultura Surda
Educação e Inclusão Bilíngue
Créditos:
Ana Tcheou
Anahê Gabriela Kovalski Cabral
Fernando Vieira Fontes
EBAPE / FGV
Organização: Prof. Carlos Hilton
Comunidade Surda
Os Surdos são utilizadores de uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala, e possuem uma cultura característica. Uma cultura é um conjunto de comportamentos apreendidos de um grupo de pessoas que possuem sua própria língua, valores, regras de comportamento e tradições; uma comunidade é um sistema social geral, no qual um grupo de pessoas vivem juntas, compartilham metas comuns e partilham certas responsabilidades umas com as outras. Portanto, a comunidade Surda de fato não é composta só de sujeitos Surdos, mas também de sujeitos ouvintes – membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros – que compartilham experiências e interesses pelo uso de uma língua de sinais, que é própria e diferente em cada país ou comunidade de Surdos.
Educação Bilíngue
A proposta de educação bilíngue toma a língua de sinais como própria dos Surdos, sendo esta, portanto, a que deve ser adquirida primeiramente. É a partir desta língua que o sujeito Surdo deverá entrar em contato com a língua majoritária de seu grupo social, que será, para ele, sua segunda língua. A proposta de educação bilíngue tem como objetivo educacional tornar presentes as duas línguas no contexto escolar, no qual estão inseridos alunos Surdos.
A defesa deste modelo educacional se contrapõe ao modelo anterior de educação especial, que favorecia a estigmatização e a discriminação. O modelo inclusivo sustenta-se em uma filosofia que advoga a solidariedade e o respeito mútuo às diferenças individuais, cujo ponto central está na relevância da sociedade aprender a conviver com as diferenças.
Contudo, muitos problemas são enfrentados na implementação desta proposta, já que o aluno Surdo é diferente, e o atendimento às suas características particulares