Cultura Surda
“Cultura” possui vários significados, mas podemos sintetizar dizendo que é tudo que simboliza aquilo que é aprendido e partilhado pelos indivíduos de um determinado grupo e que confere identidade ao grupo. “Cultura surda” pode ser definida como o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e modificá-lo em função de suas percepções visuais. Ela abrange idéias, crenças hábitos e costumes. De acordo com dados da FENEIS – Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos estima-se que entre 15% a 25% dos brasileiros sejam portadores de algum grau de surdez (adquirida ou congênita).
É muito importante conhecer o termo correto para designar esses indivíduos. Um termo muito utilizado: surdo-mudo é, com certeza, o mais arcaico e incorreto. O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja também muda. O termo deficiente auditivo pode conferir um tom pejorativo e preconceituoso, referindo-se à pessoa como sendo anormal ou portador de uma patologia, uma “deficiência”. O termo correto é “surdo”, é aquele que representa a real situação desses indivíduos. Toda a criança constrói seu mundo a partir de experiências vividas, quando ela nasce surda, sem som, ela aprenderá de forma diferente e precisará de um trabalho especial para desenvolver sua personalidade. Os bebês surdos em geral desenvolvem as mesmas fases de linguagem dos ouvintes. Na fase do balbucio, começa a diferenciação, pois, sem ouvir os sons ele não conseguirá emitir as primeiras palavras, sua linguagem ficará atrasada e daí por diante uma limitação muito grande será percebida, pois, ele não terá acesso aos conhecimentos e informações externas. A criança surda, deverá então ter acesso, o mais depressa possível a língua de sinais (LIBRAS), pois, é inteligente e capaz de desenvolver-se por esta via do mesmo