cultura surda
Cultura é uma interação entre sujeitos, as relações sentidas. Não podemos falar de movimentação cultural sem a presença do outro. E é através de diversos artefatos culturais que identificamos uma cultura, suas produções e expressões.
Sim existe, e o principal marcador da cultura surda é a língua de sinais. Tem outros marcadores culturais como a poesia surda, teatro surdo, as expressões artísticas em geral surdas, a luta também pelos seus direitos e outros.
“o surdo é uma pessoa que capta o mundo através do olhar.”
Orquídea Coelho – Doutora em Ciências da Educação
Os surdos, por norma são utilizadores de uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala, e podem ter ainda uma cultura característica.
Alguns fatores podem afetar o processo de aprendizagem de pessoas surdas, como por exemplo: o período em que os pais reconhecem a perda auditiva, o envolvimento dos pais na educação das crianças, os problemas físicos associados, os encaminhamentos feitos, o tipo de atendimento realizado, entre outros.
Embora os aspectos médico, individual e familiar ampliem o universo de análise sobre o fenômeno, nos chama a atenção para a necessidade de vê-los sob uma perspectiva sócio - cultural.
O surdo difere do ouvinte, não apenas porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidades psicoculturais próprias. Somos todos pessoas diferentes.
No Brasil os surdos desenvolveram a LIBRAS com influência da língua de sinais francesa, portanto, elas não são universais; cada país, ou comunidade de surdos possui sua própria língua de sinais.1 Em Portugal, por exemplo, existe a LGP. Em Angola, os surdos locais desenvolveram a Língua Gestual Angolana (LGA), também largamente designada por Língua Angolana de Sinais (LAS). Já outros, por viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas