Cultura portuguesa

UERJ – Instituto de Letras
Introdução à Cultura Portuguesa I
Profª: Glícia Campos
Aluno: Rafael dos Santos Simeão

Fichamento

1. Do ponto de vista da evolução do povoamento e das origens remotas do povo português, no relativo às técnicas de polimento das pedras, o que se deve salientar é que: a) todas essas técnicas se podem documentar no nosso território, o que indica que nele se sucederam camadas diferenciadas de população; b) nenhuma foi autóctone: vieram todas de fora, e é possível em vários casos reconstituir o caminho pela localização dos vestígios, mais densos no litoral, avançando para as terras interiores pelos vales dos rios; c) em regra, não se generalizaram ao território; enquanto numa região se continua a trabalhar a pedra de certa forma, noutras pratica-se técnica diferente, o que denuncia a presença de populações diferenciadas e, provavelmente, longos estados de luta; d) a diferenciação das culturas pré-históricas permite, geralmente, distinguir como áreas separadas o Norte e o Sul do país, a zona interior e a zona litoral. 2. Há cerca de dez mil anos, o clima europeu estacionou em condições que não eram basicamente diferentes das atuais. Desde então a marcha da humanidade processou-se com maior rapidez e os vestígios da vida humana tornaram-se mais numerosos, porque o homem começou a agir sobre a natureza. 3. Nos vales do Tejo e do Sado têm-se encontrado montes de restos de alimentos, formados especialmente por conchas de mariscos. Esses indicam a existência de grupos, no mesmo local, durante centenas ou milhares de anos: é a primeira prova de vida sedentária no nosso território. 4. É nesta fase que se situa a manifestação mais original da pré-história portuguesa: a cultura megalítica. 5. Quando os povos do Alentejo construíram esses impressionantes monumentos funerários, já no Próximo Oriente existiam cidades, no sentido que hoje damos a este termo. Essas primeiras civilizações urbanas percorreram o