cultura narcisista e a publicidade
10084 palavras
41 páginas
Introdução Inicio este trabalho com uma interrogação que as próximas linhas irão se deter longamente: Como se comporta o sujeito em meio ao ambiente e ao contexto da cultura pós moderna? A razão de dedicar todo esse estudo monográfico a esta interrogação diz de perto as minhas inquietações teóricas e subjetivas no tocante a constatação do sujeito ter se transformado num ser com características constatadas individualistas, assumir a identidade de um consumidor ( e com isso embarcar na nave onírica das sensações do exclusivismo, das representações sem contorno do outro, consubstanciada numa vida ou existência cuja maior objetivo é o prazer e a busca de sensações) Lógico, que as posições que irei sustentar neste trabalho estão longe da idéia de preconceitos de uma visão falsamente fundadora de um ideal existencial, notadamente de base judaico cristão que, falsamente, dar-me-ia argumentos fartos para uma crítica parcial do problema que estou tratando. Ao invés disso, meu objetivo é o de avaliar esse contexto por meio de algumas vertentes que se ressaltam e merecem um tratamento diferenciado. Estou me referindo a presença da mensagem publicitária, dos caminhos que a comunicação está assumindo principalmente na dimensão psicológica do fenômeno da interação e da conexão que determinadas estruturas e elementos da vida social passam a representar. Entre eles a valoração da informação em detrimento ao conhecimento a persuasão constante de promoção e do conseqüente resultante em alienação, redução da percepção social, o reconhecimento de conexões via ícones principalmente as marcas dos produtos, cuja resultante configura-se naquilo que Lasch classificou sendo a “cultura do narcisismo” Para este trabalho, abordarei esses temas, alguns na forma rapsódica e com concentração nas relações entre o contexto que se formou na contemporaneidade (pós modernidade) e suas relações com o desempenho na produção e os objetivos da mensagem publicitária.