Cultura Hofstede
Esta posição intermediária ocupada pelo Brasil em relação aos demais países da pesquisa, nesta dimensão e em outras, como a Masculinidade vs. Feminilidade, pode estar confirmando algumas afirmações do antropólogo Roberto Da Matta, que mostra que a nossa cultura pode ser caracterizada como mista, ou seja, uma cultura que apresenta características variadas, possivelmente provenientes de influências de fontes diversas. O índice de distância do poder, determinado por Hofstede, é alto para o Brasil, o que evidencia ser um país em que a hierarquia é predominante. Esta tendência hierarquizante na sociedade brasileira pode estar relacionada a fatores históricos e políticos.
Ponto é coletivismo / individualismo, para DaMatta (1997), o Brasil é uma sociedade sui generis, no sentido de que apresenta múltiplos eixos ideológicos, como a hierarquia e o individualismo, sem que sejam hegemônicos e competitivos, mas complementares. Nesse ambiente se desenrola o dilema brasileiro, ou seja, a tensão permanente entre as categorias de indivíduo e pessoa.
As dimensões de Hofstede apontam como traços do Brasil, quando analisamos e confrontamos duas vertentes teóricas para estudo da cultura de um país, de um lado a abordagem Antropológica, do Roberto da Matta, que traz o enfoque da cultura Brasileira, de outro a Abordagem Sistemática que discute as tipologias, dimensões básicas da cultura de uma organização e as influências da cultura nacional, para dois aspectos: grande distância do poder e a evitação da incerteza. Pode-se observar que esses traços levantados no