CULTO X INCULTO Em sociedades passadas, era comum se avaliar a intelectualidade de uma pessoa pela sua forma de falar, agir ou até mesmo se vestir. O ser culto estava associado ao fato de ter cultura, e o falar demonstrava isso através dos assuntos e argumentos apresentados por cada indivíduo. Tudo isso não era observado como preconceitos, mas separar os importantes dos não importantes, os superiores dos inferiores isso sempre esteve enraizados nos discurso. O culto faz parte da elite já o inculto é a massa, a maioria, e como a massa é o popular, logo são incultos. Nas diversas regiões do país, existem pessoas que gostam de certos tipos de músicas que para outras pessoas não soa bem, e é nesse instante que entra em discussão o que é ou não ser culto. No Rio de Janeiro, é comum as pessoas ouvirem Funk, o que para os críticos da música, esse ritmo é característica de pessoas incultas. No Nordeste o Forró é apreciado como o ritmo da região e por ser da massa, é sinônimo de inculto. Mas tudo isso não seria preconceito por parte dos que se dizem cultos? Há, mas é popular, e o que é popular é inculto. Ok, e a música POPULAR brasileira, o que disser dela? Não são somente os cultos que a apreciam? E é popular... Parece difícil determinar o culto do inculto. Os que se dizem cultos criticam o funk, por se tratar de um estilo que trás exposição das mulheres e isso é uma agressão ao sexo feminino, mas quando chega o carnaval, o que se ver, é a exposição de mulheres nuas nas avenidas, e nesse instante deixa de ser algo inculto. Isso parasse um tanto contraditório. A cultura de massa é o que se origina da massa ou criada para a massa? No século XVIII, a cultura era ligada a formação do ser humano e estava atrelada as artes e só a elite tinha acesso a elas. É preciso mudar o conceito. O que a massa faz é inculto e o que a elite faz é culto.