culinaria do EUA
— Sim, agora minha pequena Juno está a salvo... Mas até quando? Assim dizia Cibele, após ver resgatada, do ventre de seu cruel esposo
Saturno, a sua filha querida. O velho deus havia engolido um a um os seus filhos, tão logo estes haviam nascido; Júpiter, porém, lhe ministrara uma bebida encantada, obrigando-o a regurgitá-los de volta para os braços da mãe. Cibele, a precavida, imaginava agora um meio de manter a salvo a sua filha dileta.
"Tenho um pressentimento de que a ela está destinado um lugar de honra na corte celestial!", pensava a deusa, acariciando os cabelos de Juno.
Imaginava Cibele, como todas as mães, divinas ou não, que sua filha excederia em beleza e poder todas as outras filhas da face da Terra ou da imensidão do céu.
De repente seus olhos avistaram, para o ocidente, um fulgor intenso.
— É isto! — exclamou Cibele, feliz. — Levarei-a para o país das Hespérides! Hespérides eram três encantadoras deusas que governavam um país paradisíaco, onde a primavera era eterna e a necessidade não existia.
— Queridas amigas, preciso entregar a minha bela Juno aos seus cuidados, pois somente aqui ela estará em segurança.
Abriram um largo sorriso, enquanto uma delas envolvia a deusa em suas vestes esvoaçantes. — Vá em paz, Cibele — disse esta. — Nós faremos da sua filha a mais poderosa das deusas. Juno respondeu apontando o dedo para o céu.
O tempo passou e Juno tornou-se uma deusa de maravilhosa beleza. As Hespérides eram unânimes em reconhecer este seu atributo, que fazia par com o da perfeita sapiência.
— Vejam: os animais e mesmo as flores parecem ficar felizes tão logo sua presença se anuncia — diziam alegremente as irmãs, todos os dias, umas às outras
Juno, contudo, apesar de estar satisfeita naquele lugar paradisíaco, ambicionava mais alto.
Com olhos postos no céu, suspirava todos os dias:
— Tudo é belo... mas eu queria mesmo era ser rainha do céu.
Por uma natural inclinação, a