Críticas ao recrutamento e seleção

Críticas ao recrutamento e seleção

Quem, recém-formado ou não, nunca participou de testes online, dinâmicas, painéis, entrevistas e outras coisas para no fim descobrir que quem conseguiu a vaga foi na “indicação”? Isso é fruto de um processo sócio-histórico de seleção baseada na preservação do poder instituído, sendo menos importante o mérito individual. Ou seja, ainda depois da industrialização brasileira, onde se instituiu a questionável lógica do mérito individual, trazemos também implícita ou explicitamente, resquícios da lógica conservadora mantenedora do status quo social, racial e de gênero. Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho garantem livre escolha e livre contratação, por parte das empresas e dos trabalhadores, respeitando-se a Constituição Federal, mas, no entanto, estas ignoram as relações de poder já instituídas. Ainda que seja garantida por lei a equidade nos processos de seleção, na prática não há instrumentos que façam valer. Enquanto, por exemplo, em outros países há uma Comissão de Iguais Oportunidades de Emprego, descentralizada, que busca garantir os direitos do cidadão, no Brasil o Ministério do Trabalho e Emprego centraliza essa e outras questões relacionadas ao trabalho como seguro desemprego, direitos trabalhistas, dados trabalhistas, relações de trabalho entre outras. "É que meu pai é amigo do dono e me arrumou uma vaguinha."

Assim enquanto crítica ao modelo de seleção brasileiro, levanto 3 grandes problemas:

1) Falta de definição e alinhamento do planejamento estratégico das empresas e organizações à área de Recursos Humanos (Gestão de Pessoas e afins)
2) Falta de um profissional adequado ao cargo
3) Eficiência e validade dos métodos e técnicas

1) Ainda que de forma integrada, a área de seleção assume um papel fundamental não somente no preenchimento de vaga requisitada, mas também no planejamento estratégico das organizações buscando o bom funcionamento e a manutenção das mesmas. Um