cronica preconceito social

Crônica: preconceito social Psicóloga do barrashopping Em uma tarde tranqüila que tem como cenário o vai e vem de um movimentado shopping de classe media-alta do Rio de Janeiro, uma mulher visível e inexplicavelmente alterada, promove uma cena que atrai a atenção de todos, causando diversas reações. Entre troca de insultos, risos e muito barulho, observo e tento entender... Muito além do esdrúxulo espetáculo, emergem questões que cercam a sociedade desde os primórdios. Temos aqui nos atuais, em pleno século XXI uma demonstração grotesca, e porque não intitular medieval do mais puro preconceito social. Em meio a dezenas de pessoas em um restaurante, uma mulher aparentemente sem motivos, ao menos relevantes; insulta entre gritos e gestos, outra cliente. Transtornada ela profere palavras ofensivas: - Pobre! Ela grita. -Eu moro num triplex, sou classe dominante. -Tudo bem rica. Responde acanhadamente a vitima da agressão. – Você não tem o mínimo de discernimento, de visão, de cultura, de noção do que eu estou falando. Ei abaixa a bola, pobre! Continua a agressora. Assistindo a esta cena, faço uma involuntária comparação entre os dias medievais e os dias atuais, onde supostamente somos uma sociedade evoluída. Ao longo da história, as sociedades foram sempre divididas em classes sociais, como na idade media onde a divisão era estamental, não havendo forma do individuo se mover de uma classe a outra. Diante desta cena, me parece que esta situação é bem parecida com a dos dias atuais, no nosso mundo capitalista. Pior, com o agravante da “sofisticação verbal”. Percebo então, que nossa “civilidade” nossa “educação”, de repente se torna que ao invés de inibir potencializa a violência. Dentre as diversas reações