Critica Marxista ao Estado Capitalista

Crítica Marxista ao Estado Capitalista:

A partir de Marx é que realmente começa a existir uma visão científica de Estado, pois se passa a ter consciência das desigualdades de classes. Até, então, o que havia eram apenas justificativas ideológicas, embora algumas ainda possuam muito mérito na compreensão de alguns aspectos relativos ao Estado. Não poderia ser de outra forma, visto que no pensamento destes filósofos predominava os ideais burgueses, logo se fosse de outra maneira, estar-se-ia denunciando as desigualdades causadas pelas diferenças de classes, o que feriria os interesses deles próprios, ou seja, da classe dominante. Então, pode-se dizer que Marx (1818-1883) é quem começa a fazer uma crítica à concepção burguesa de Estado e do Liberalismo Burguês. Marx foi quem deu origem a visão crítica de Estado. Essa visão tem origem a partir do Comunismo Utópico, uma das primeiras fases do pensamento marxista, no qual se demonstrava que a liberdade e a igualdade preconizadas pelos ideais do Liberalismo e da Democracia defendidos pelos filósofos políticos até então, visava manter a condição da burguesia como classe dominante. A idéia básica desta Teoria consistia no desejo de uma revolução econômico-social, pois somente esta poderia efetivamente promover a igualdade entre as pessoas e não somente um estado de igualdade jurídica baseado em aparências. Para Marx, um Estado havendo apenas igualdade jurídica baseada em aparências não era justo, porém, autores como Gruppi, em sua obra: “Tudo Começou com Maquiavel”, em uma análise relativa à igualdade jurídica, coloca que ela é uma farsa, pois não seria possível haver esta igualdade, sendo que ela só se dá por meio dos fatores econômicos, e estes estão intrinsecamente relacionados às questões sociais. Como demonstração disso, Gruppi cita o exemplo do patrão e do operário, onde seus direitos são igualmente declarados perante a lei, afinal, ambos são cidadãos, porém na realidade não ocorre desta