Critica do livro a lingua de eulalia
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ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA[1] Os maiores representantes da Economia Política Clássica foram Adam Smith e David Ricardo. A despeito das diferenças entre suas concepções teóricas, encontram-se nitidamente duas características centrais da teoria que vinha se elaborando há quase duzentos anos. A primeira delas refere-se à natureza dessa teoria: “não se tratava de uma disciplina particular, especializada, que procurava “recortar” da realidade social um “objeto” específico (o “econômico”) e analisá-lo de forma autônoma. À Economia Política interessava compreender o conjunto das relações sociais que estava surgindo na crise do Antigo Regime”; por isso, em suas mãos, a Economia Política se erguia como fundante de uma teoria social, um elemento articulado de ideias que buscava oferecer uma visão do conjunto da vida social. A segunda característica da Economia Política clássica relaciona-se ao modo como seus autores mais significativos trataram as principais categorias e instituições econômicas (dinheiro, capital, lucro, salário, mercado, propriedade privada etc.): eles se entenderam como categorias e instituições naturais que, uma vez descobertas pela razão humana e instauradas na vida social, permaneciam eternas e invariáveis na sua estrutura fundamental. “A Economia Política Clássica expressou o ideário da burguesia no período em que esta classe estava na vanguarda das lutas sociais, conduzindo o processo revolucionário que destruiu o Antigo Regime” – e não foi por outra razão, que o filósofo húngaro Georg Lukács (1885-1971) considerou-a a “maior e mais típica ciência nova da sociedade burguesa”.
É nesse contexto que se compreende a crise da Economia Política clássica – sua crise parte daquela inflexão, ocasionada pela conversão da burguesia em classe conservadora. Na medida em que se expressa os ideais da burguesia revolucionária, a Economia Política clássica torna-se incompatível com os interesses da