Resenha A lingua de eulalia
BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália – novela sociolingüística. Editora Contexto. São Paulo 2004.
Marcos Bagno nasceu em Cataguenses, Mina Geral em 21 de agosto de 1961. Depois de ter vivido em Salvador, no Rio de Janeiro, em Brasília e no Recife, transferiu-se em 1994 para São Paulo. Voltou a se fixar em Brasília em 2002 quando se tornou professor do Departamento de Lingüística da Universidade de Brasília. Publicada em 2004, a obra sociolingüística de Marcos Bagno, A língua de Eulália, procura mostrar que o uso de uma linguagem “diferente”, nem sempre pode ser considerado um erro de português. O livro A Língua de Eulália relata a historia de três professoras e estudantes universitárias que vão passar suas férias na casa da tia de uma delas, chamada Irene que mora em uma fazenda em Atibaia. Irene é uma professora aposentada da língua portuguesa e lingüística que mora com empregada, Eulália. O modo estranho das pessoas falarem pode ser explicado por algumas ciências como a lingüística, a história, a sociologia e até mesmo a psicologia. Neste livro mostra a história da Dona Irene, Eulália, sua sobrinha e suas duas amigas, que vão descobrindo, pouco a pouco um universo de possibilidades antes desconhecidas tratado deste tema. O livro traz a tona os contextos de nossa língua mostram de forma clara que não existe o “certo e o errado”, afinal ela depende de muitos fatores, como os sociais, regionais, e muito outros. Seja a língua francesa, alemã, espanhola, no se deve encarar como algo imutável, pois ela é viva e está em constante transformação neste mundo de falantes.
Com isso afirma-se que o que ocorre é que nem todos têm acesso às normas cultas, e as línguas não são gêneros homogêneos, assim a língua se torna um instrumento de interação e mudanças através do espaço onde ela se insere. Assim, Emilia disse que a “língua é um balaio de variedades”, quando a Dona Irene começou a usar do português não padrão, Irene explica as meninas que a unidade