Resenha crítica do livro a língua de eulália
Resenhado por Jéssyca Layana da Silva Gondim, acadêmica do 5ºsemestre no curso de letras, da Universidade Do Estado Do Para - UEPA
A Língua Mantém - Se Viva Mudando A Cada Dia E A Cada Forma Das Pessoas À Interpretar Diante Do Contexto Em Que Estão Inseridas.
A obra “A Língua de Eulália: novela sociolinguística”, do autor mineiro Marcos Bagno, pesquisador e estudioso na área de sociolinguística, tradutor, contista, poeta e autor de livros infantis, com formação em Letras, mestrado em Linguística e doutorado em Filologia e Língua Portuguesa, traz discussões sobre o percurso histórico da língua ao longo do tempo, como forma de compreender as mudanças ocorridas nessa, a partir da variação geográfica e, sobretudo, desvendar os mitos acerca do Português – Padrão e do Português Não-padrão. Bagno (1992), objetivando desconstruir o preconceito linguístico existente nas diversas camadas sociais, utiliza-se de forma criativa e atrativa da narração, para abordar assuntos que, num primeiro momento poderiam ser cansativos e desinteressantes, evitando, desse modo, a mesmice da maioria dos textos científicos densos e complexos existentes no mercado. É uma obra que requer conhecimentos prévios da área de linguística para que se possa compreender certos exemplos, conceitos e comparações feitas pelo autor.
Uma característica especial da obra é a utilização de cinco personagens em torno de um fato inicialmente comum: uma viagem de férias, que, no entanto se desdobra para uma história muito interessante através da qual o leitor tem a possibilidade de desmistificar inúmeros temas relacionados à Língua Portuguesa e que até então eram vistos simplesmente como erros praticados pelas pessoas menos privilegiadas social, econômica e politicamente.
O livro “A Língua de Eulália: novela sociolinguística” constitui-se de vinte um capítulos, curtos e bastante explicativos, nos quais são