Resenha: o livro a lingua de eulália
Três amigas saem em férias e vão para uma chácara em Atibaia. Vera, Emília e Silvia são professoras do ensino primário e também estudantes universitárias, cada uma em sua área de interesse, Vera estuda Letras, mesma área de atuação de sua tia Irene, que a hospedou e as suas amigas. Emília, que está no primeiro ano do curso de Pedagogia, irônica e irreverente, sempre vê o lado engraçado das coisas e a estudante de Psicologia a mais tranquila do trio, Silvia.
Logo nos primeiros contatos com Eulália empregada e amiga de Irene, as jovens notam uma forma diferente em seu modo de origem de falar. A principio considera sua fala errada, sentem vontade de rir, até a tia intervir mostrando ás hóspedes, através de uma série de explicações, que o modo de falar de Eulália na verdade se trata de uma variedade linguística com características próprias, origem e que também sofre alterações ao longo do tempo.
A forma de falar de Eulália deu origem ao livro A língua de Eulália, uma vez que Irene não aceitava quanto professora de língua Portuguesa e Linguística ter uma funcionária que não soubesse ler e escrever iniciou sua pesquisa através da alfabetização de Eulália, percebendo que mesmo alfabetizada no português padrão, ela continuava utilizando a forma não padrão no seu dia a dia. Essa forma de falar considerada errada inicialmente por Vera, Emília e Silvia, levanta uma questão muito importante, o erro, pertencente ao processo de aquisição do conhecimento. Marcos Bagno descreve o erro com algo multável, o certo hoje pode ter sido considerado errado antigamente e o erro hoje pode ter sido um acerto, inclusive em um dos trechos do livro diz: “não devemos acusar ninguém de estar falando errado quando simplesmente está falando antigo”.
Em seu livro Marcos Bagno trabalha questões linguísticas que dividiu em dois blocos distintos, os quais denominou português padrão, um ideal de língua com regras prescritas com